Vi um título: O amor é a melhor estratégia.
Estratégia?
Eu cá com meus botões, sempre achei que o amor fosse o
melhor objetivo, como assim? Estratégia é um plano que bolamos para chegar a um
determinado fim. Se queremos trocar a lâmpada, precisamos subir na escada. Se
quisermos fazer brigadeiro, precisamos ligar o fogão – ou programar o
microondas. Se queremos viajar, precisamos de dinheiro. Ou seja, a estratégia é
sempre uma coisa menor, porém necessária, para chegarmos ao fim, que é o que
realmente importa.
Aí li a matéria e dizia que a melhor estratégia para se dar
bem profissionalmente era amar a sua Empresa e seu CHEFE. E que a finalidade da vida era se dar bem no
emprego NÃO IMPORTA SE VOCÊ GOSTASSE DELE OU NÃO. Tipo, oi?
Emprego é parte do sucesso gente, sem amor verdadeiro, seja
ele de namorado, marido, família, amizade, não importa qual, nunca atingiremos
o sucesso!
Então é essa a civilização que se acha a mais evoluída de
todos os tempos, de todos os anos, de todos os séculos? PFVR.
É essa a civilização que dominou a natureza, que desviou
rios, que criou remédios, foi até a Lua, e no fim das contas chegou à conclusão
de que a coisa mais importante em nossa BREVE PASSAGEM SOBRE A TERRA é
agradecer o chefe, receber bonificação no final do ano e ter uma sala com o seu
nome na porta. Céus estamos perdidos. Na verdade grande parte está (a parte que
não concorda comigo).
É ÓBVIO que o trabalho é fundamental na vida, mas não é
tudo. O artigo que li falava que para subir na vida você precisava subir no seu
emprego.
Desculpa quem concorda com esse tal artigo (quer saber, desculpa nada hahahaha), mas quando você
acha que o mais importante na sua vida é “subir na vida com meu emprego” do que
fazer bem feito e com prazer aquilo de que você gosta, meu caro, você está
trocando os pés pelas mãos, invertendo tudo. Afinal é seu chefe que vai enxugar
suas lágrimas em um momento de desespero particular, só que nunca. Ah, a empresa
que você trabalha também vai fazer cafuné em você. Só que nunca parte 2.
No momento em que colocarmos o amor como meio e o sucesso na
“firma” como fim, é hora de parar as máquinas, desligar o forno e a TV,
descermos todos até a praça central e dizer: peraí! O que está acontecendo?
Onde foi que erramos? Vamos batalhar por o que gostamos, vamos batalhar pelos nossos amores, pela gente mesmo?

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