Certa vez eu li: "viva o hoje intensamente, como se fosse o seu último dia." Com certeza eu já tinha ouvido antes algo do tipo, mas nesse
dia eu ouvi de forma diferente e comecei a perceber que realmente tudo aquilo
fazia sentido. Devemos sim lembrar do passado e planejar o futuro, mas o que é
realmente para ser vivido tem que ser o hoje. Do meu passado eu levo apenas o
lado bom da história, sou muito prático e às vezes até rápido demais em deletar
fantasmas da vida, seja aquela briga que tivemos com um amigo aos 17 anos ou
mesmo aquele doce de aparência ótima que você se arrependeu de não ter comprado
ontem.
Há quem diga: “eu queria mudar o meu passado e ter feito
tudo diferente.” Não sei até que ponto isso faz sentido, eu no meu caso não
mudaria nada. Erros foram feitos para não cometê-los novamente. Se uma pessoa
querer mudar o passado para fazer tudo diferente, o futuro dela seria o nada.
Ninguém é perfeito e todos erram, logo imagine o que uma vida seria se não
fosse o tal aprendizado com os erros do passado.
Uma nova jornada sempre vai começar nas últimas horas. A
jornada da vida não seria tão perfeita se não fosse aquela fofoca que você
participou em 1999, a formatura perfeita do seu Ensino Médio, os momentos de
gargalhadas que você teve com sua irmã no litoral em 1993, aquele ex namorado
que te deu um buquê de flores, aquela ex namorada que te deu uma cesta de
bombons, aquela briga que você teve com sua mãe aos 16 anos, as pazes depois de
2 horas da briga dos 16 anos, a primeira vez que você caiu da bicicleta, o
primeiro batom vermelho, a perda da virgindade comentada no grupo dos garotos,
o troféu de melhor dançarina, a medalha de melhor lutador juvenil.
As pilhas que explodiam em seu walkman. Transformar dor em
amor, tirar mais sorrisos das pessoas, colocar o sorvete de casquinha dentro de
um copo plástico no verão de 40 graus, não esquecer chocolate dentro do bolso
da calça e colar chiclets no cabelo daquela pessoa que praticava bullying na
escola. Isso sim você podia pensar em mudar no passado. Poxa vida, as pilhas do
walkman...
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